Turismo
Confira os atrativos naturais e culturais do município
Publicado em 22/05/2017 14:22
BELEZAS NATURAIS
As cachoeiras que há mais de três séculos encantavam tropeiros e viajantes de passagem pelo povoado de Taquaraçu continuam atraindo gente, de varias localidades. As cachoeiras são o principal cartão postal de Santana do Paraíso, sendo a mais antiga a do “Engenho Velho”, ao redor de onde se iniciou o povoamento, e que até hoje mantém um moinho (ruínas) desses tempos.
O manancial hidrográfico de Santana do Paraíso é formado por 16 córregos, três ribeirões e quatro lagoas. Rico em recursos naturais e com grande potencial turístico, o município busca, 18 anos da sua emancipação, uma conscientização da população sobre a necessidade de se preservar esse importante patrimônio natural.
CACHOEIRA DO ENGENHO
Chamada anteriormente de Taquaraçu, a cachoeira do Engenho teve vários proprietários – a atual é Rita de Cássia Oliveira Alvarez – e hoje é a de menor volume d’água, embora conserve sua importância histórica. Localizada no centro de Santana do Paraíso, com sua paisagem integrada ao núcleo urbano, essa cachoeira é abastecida pelo córrego do Achado. Transformada em Área de Proteção ambiental (APA), atualmente funciona como sede da organização não-governamental Centro de Educação Reflexão e Ações de Cidadania pelo Meio Ambiente (CER-Acima Paraíso).
Ao lado da cachoeira, como lembrança da ocupação da cidade, ainda existe um grande moinho e máquina de limpar cereais, construídos no início do século XX. Durante muitos anos, o local esteve aberto ao turismo, com características de clube de lazer privado, e o sonho de sua atual proprietária é transformá-lo num grande centro de educação ambiental.
CACHOEIRA DE CIMA
À margem da MG-232, distante 800 metros da praça da Matriz, entre a área rural e área urbana, está localizada a Cachoeira de Cima, hoje a mais conhecida e um dos principais pontos turísticos da cidade. De beleza inigualável, trata-se de um sítio natural que se impõe entre grandes montanhas cobertas de vegetação típica de mata atlântica com grandes pedras superpostas.
Propriedade privada, a Cachoeira de Cima sofreu intervenções para a formação de três represas ao longo da sua imensa queda d’água, que são “alimentadas” pelas águas do córrego do Achado, o maior do município. Como os demais, o córrego nasce na Serra do Achado, no noroeste do município, originando outras belas cachoeiras.
A maior nascente que abastece a Cachoeira de Cima vem do córrego do Achado, que nasce a aproximadamente 1,1 mil metros de altitude. Ao longo do córrego existem inúmeras nascentes.
CACHOEIRA BELA VISTA
Outra importante atração turística de Santana do Paraíso é a Cachoeira Bela Vista, localizada a sete quilômetros da sede do município, no Córrego dos Mendes. Essa propriedade particular, aberta à visitação pública, se destaca na paisagem de morros altos e vegetação remanescente da mata atlântica. Suas belas quedas d’água são abastecidas pelos córregos do Chico Lucas e da Batinga.
CACHOEIRA DA BATINGA
A 6,5 quilômetros do centro de Santana do Paraíso está a Cachoeira da Batinga, uma propriedade privada localizada entre morros e manchas de matas nativas e completamente integrada ao ambiente rural. O proprietário da área fez algumas intervenções, como a construção de grande muros de arrimo de pedra e represas na parte superior da queda d’água, e abaixo de um pequeno canyon, em meio a rochas brancas, destaca-se uma grande queda que se perde em corredeira no meio da vegetação alta.
TURISMO E CULTURA
CULTURA E RELIGIOSIDADE
CONGADO MANTÉM A TRADIÇÃO
Santana do Paraíso é também uma cidade de um povo religioso. Muitas manifestações de religiosidade antecedem à construção da Igreja Matriz de Santana, localizada na praça central. Uma delas é o congado, que, segundo relatos históricos, teve em Albertino Daniel o seu pioneiro, líder de um grupo formado por agricultores das diversas partes da cidade que há mais de sete décadas participa das grandes concentrações e eventos regionais, principalmente da Festa de Santana.
Com a morte dos antigos “marujos”, o Congado de Nossa Senhora do Rosário teve dificuldades para renovar seu quadro dançante e manter viva a tradição. Ainda assim, o grupo se mantém vivo e sempre participa das festas religiosas de Santana do Paraíso e de outras cidades da região, apresentando suas animadas e coloridas evoluções, com destaque para a “Dança da Fitas”.
Festa do Divino
A Festa do Divino, realizada nos mês de janeiro, quando são escolhidos o “rei” e a “rainha” do Congado, é a principal manifestação cultural do município. Tradicionalmente, os reis coroados patrocinam um farto almoço para todos os membros do Congado e da Bandeira do Divino.
A Festa do Divino chegou a cair no esquecimento, mas, com apoio da Prefeitura, seus integrantes iniciaram um processo de legalização e de retomada das atividades.
Boi Balaio
Outra festa que marcou época em Santana do Paraiso, nos anos 80, é a do Boi Balaio. Como manifestação de caráter popular, o Boi Balaio se apresentava sempre no sábado de Aleluia, acompanhado por instrumentistas, que faziam evoluções e cantavam um repertório de músicas tipicamente rurais.
PATRIMÔNIO PRESERVADO
Apesar de ser considerado o mais antigo núcleo habitacional do Vale do Aço, só mais recentemente é que Santana do Paraíso começou a se preocupar com a preservação da sua história e suas tradições. Na gestão 2005-2008 a Prefeitura iniciou um levantamento detalhado do seu patrimônio histórico e cultural para o resgate da riqueza da história do município “caçula” da Região Metropolitana do Vale do Aço.
A primeira providência foi reativar o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Santana do Paraíso, que foi organizado em 1999, mas só passou a atuar efetivamente a partir de 2005. Além de representantes do poder público, o órgão conta agora com a participação de moradores e entidades comunitárias.
O segundo passo foi atualizar o Plano de Inventário, que tem, até agora, três bens “tombados” pelo Patrimônio Cultural, o que significa que estão protegidos: a Igreja Matriz de Santana, o antigo casarão da Belgo, em Ipaba, e a frondosa gameleira localizada na entrada da cidade. Estão sendo feitos estudos para “tombamentos” de outros bens do patrimônio de Santana do Paraíso, como suas cachoeiras, o congado e a Festa de Santana, essas duas últimas consideradas “bens imateriais”.
Igreja
Dos três bens tombados pelo Patrimônio Cultural de Santana do Paraíso, o que está em melhor situação é a Igreja Matriz de Santana, no centro da cidade. O imóvel é mantido com muito zelo pela Paróquia de Santana, responsável por reparos e pela preservação de suas características originais. Símbolo da religiosidade local, a Igreja da Matriz ocupa lugar de destaque na paisagem urbana do município, por estar localizada na Praça da Matriz, no Centro.
Casarão
O antigo casarão de Ipaba é dos bens históricos mais emblemáticos. Localizado na rua Jair Mafra, anexo à Escola Municipal Maria Ivone Damasceno e à Escola Estadual José Rosa Damasceno, o imóvel ocupa uma posição privilegiada, um platô de onde se avista o rio Doce e a cidade, do outro lado da ferrovia e do rio.
O chamado “Casarão de Ipaba” demarca o importante ciclo da ferrovia no município e sempre foi uma referência para os moradores – antigos e atuais. O local já foi pousada de ferroviários, escola e posto de saúde, antes e ser anexado à Escola José Rosa Damasceno. O casarão é a principal referência ao início do povoamento do município, que, com a privatização da antiga Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), teve demolidas as ruínas de sua antiga estação e de algumas casas à margem da ferrovia.
Gameleira
Também preservada, a árvore gameleira da avenida Minas Gerais, também elevada à condição de bem do patrimônio histórico de Santana do Paraíso, se destaca na paisagem urbana da cidade, principalmente para quem chega pela MG-232. Entre casas e prédios, a árvore, imponente, é o símbolo de uma época em que o verde tomava conta da cidade.
TURISMO RELIGIOSO
FÉ E LAZER
Festa de Santana é a principal manifestação religiosa do município
O povo de Santana do Paraíso sempre foi festeiro. Desde o inicio de povoamento da cidade, existem registros de várias comemorações, a principal delas dedicada à sua padroeira. Patrimônio histórico e cultural do município, a Festa de Santana é uma das principais e mais antigas tradições de Santana do Paraíso, que antecede a construção da Igreja Matriz.
A Festa de Santana sempre teve grande participação popular, no início com o objetivo de arrecadar fundos para ajudar na construção da Igreja. Até hoje são comuns as barraquinhas com guloseimas e bebidas, e os tradicionais leilões de animais doados pelos moradores, em mais uma demonstração da sua religiosidade.
FÉ E LAZER
Como resultado das quermesses organizadas pela população, na metade da década de 50, teve início a construção da Igreja Matriz. Conforme levantamentos do historiador Osvaldo Aredes Louzada Filho, Joaquim Barbosa Barros e “seu” Tancredo foram os pioneiros desse movimento que se transformou na principal festa religiosa do Vale do Aço como um momento que unia a fé, o lazer e a arrecadação de recursos para a construção da Matriz.
A Festa de Santana é realizada há quase sete décadas, e atualmente possui um aparato profissional, uma grande estrutura de palco, barracas e atrações musicais que, todos os anos, arrastam milhares de pessoas à sede do município. A princípio apenas de caráter apenas religioso, a Festa de Santana ganhou um aspecto “profano”, com a inclusão de shows musicais e pirotécnicos, além da montagem de uma grande fogueira, financiada pelos comerciantes e depois pelo poder público, e que acabou se transformando em mais um importante símbolo do município.
por Assessoria de Comunicação