Beleza natural
Publicado em 21/08/2011 14:00 - Atualizado em 25/01/2017 10:33
As cachoeiras que há mais de três séculos encantavam tropeiros e viajantes de passagem pelo povoado de Taquaraçu continuam atraindo gente, de varias localidades. As cachoeiras são o principal cartão postal de Santana do Paraíso, sendo a mais antiga a do “Engenho Velho”, ao redor de onde se iniciou o povoamento, e que até hoje mantém um moinho (ruínas) desses tempos.
O manancial hidrográfico de Santana do Paraíso é formado por 16 córregos, três ribeirões e quatro lagoas. Rico em recursos naturais e com grande potencial turístico, o município busca, 18 anos da sua emancipação, uma conscientização da população sobre a necessidade de se preservar esse importante patrimônio natural.
CACHOEIRA DO ENGENHO
Chamada anteriormente de Taquaraçu, a cachoeira do Engenho teve vários proprietários – a atual é Rita de Cássia Oliveira Alvarez – e hoje é a de menor volume d’água, embora conserve sua importância histórica. Localizada no centro de Santana do Paraíso, com sua paisagem integrada ao núcleo urbano, essa cachoeira é abastecida pelo córrego do Achado. Transformada em Área de Proteção ambiental (APA), atualmente funciona como sede da organização não-governamental Centro de Educação Reflexão e Ações de Cidadania pelo Meio Ambiente (CER-Acima Paraíso).
Ao lado da cachoeira, como lembrança da ocupação da cidade, ainda existe um grande moinho e máquina de limpar cereais, construídos no início do século XX. Durante muitos anos, o local esteve aberto ao turismo, com características de clube de lazer privado, e o sonho de sua atual proprietária é transformá-lo num grande centro de educação ambiental.
CACHOEIRA DE CIMA
À margem da MG-232, distante 800 metros da praça da Matriz, entre a área rural e área urbana, está localizada a Cachoeira de Cima, hoje a mais conhecida e um dos principais pontos turísticos da cidade. De beleza inigualável, trata-se de um sítio natural que se impõe entre grandes montanhas cobertas de vegetação típica de mata atlântica com grandes pedras superpostas.
Propriedade privada, a Cachoeira de Cima sofreu intervenções para a formação de três represas ao longo da sua imensa queda d’água, que são “alimentadas” pelas águas do córrego do Achado, o maior do município. Como os demais, o córrego nasce na Serra do Achado, no noroeste do município, originando outras belas cachoeiras.
A maior nascente que abastece a Cachoeira de Cima vem do córrego do Achado, que nasce a aproximadamente 1,1 mil metros de altitude. Ao longo do córrego existem inúmeras nascentes.
CACHOEIRA BELA VISTA
Outra importante atração turística de Santana do Paraíso é a Cachoeira Bela Vista, localizada a sete quilômetros da sede do município, no Córrego dos Mendes. Essa propriedade particular, aberta à visitação pública, se destaca na paisagem de morros altos e vegetação remanescente da mata atlântica. Suas belas quedas d’ água são abastecidas pelos córregos do Chico Lucas e da Batinga.
CACHOEIRA DA BATINGA
A 6,5 quilômetros do centro de Santana do Paraíso está a Cachoeira da Batinga, uma propriedade privada localizada entre morros e manchas de matas nativas e completamente integrada ao ambiente rural. O proprietário da área fez algumas intervenções, como a construção de grande muros de arrimo de pedra e represas na parte superior da queda d’água, e abaixo de um pequeno canyon, em meio a rochas brancas, destaca-se uma grande queda que se perde em corredeira no meio da vegetação alta.
TURISMO RELIGIOSO
FÉ E LAZER
Festa de Santana é a principal manifestação religiosa do município
O povo de Santana do Paraíso sempre foi festeiro. Desde o inicio de povoamento da cidade, existem registros de várias comemorações, a principal delas dedicada à sua padroeira. Patrimônio histórico e cultural do município, a Festa de Santana é uma das principais e mais antigas tradições de Santana do Paraíso, que antecede a construção da Igreja Matriz.
A Festa de Santana sempre teve grande participação popular, no início com o objetivo de arrecadar fundos para ajudar na construção da Igreja. Até hoje são comuns as barraquinhas com guloseimas e bebidas, e os tradicionais leilões de animais doados pelos moradores, em mais uma demonstração da sua religiosidade.
FÉ E LAZER
Como resultado das quermesses organizadas pela população, na metade da década de 50, teve início a construção da Igreja Matriz. Conforme levantamentos do historiador Osvaldo Aredes Louzada Filho, Joaquim Barbosa Barros e “seu” Tancredo foram os pioneiros desse movimento que se transformou na principal festa religiosa do Vale do Aço como um momento que unia a fé, o lazer e a arrecadação de recursos para a construção da Matriz.
A Festa de Santana é realizada há quase sete décadas, e atualmente possui um aparato profissional, uma grande estrutura de palco, barracas e atrações musicais que, todos os anos, arrastam milhares de pessoas à sede do município. A princípio apenas de caráter apenas religioso, a Festa de Santana ganhou um aspecto “profano”, com a inclusão de shows musicais e pirotécnicos, além da montagem de uma grande fogueira, financiada pelos comerciantes e depois pelo poder público, e que acabou se transformando em mais um importante símbolo do município.
por Assessoria de Imprensa